Iniciou seu percurso de artista no começo da década de 60, através da apropriação de
objetos, imagens de jornais, história em quadrinhos e fotografias associada a conotações
simbólicas de conteúdo social. Na década de 70, cria em sua pintura uma sintaxe através da
construção de uma trama de retículas e granulações cromáticas, que resultam em estruturas
e espaços de intensos significados simbólicos. É um processo mais cerebral e perceptivo,
que emocional e expressivo, faz a essência é o conceito, a estrutura e a construção do
espaço da pintura.
A partir da década de 80, até as obras mais recentes, intensifica sua preocupação formal e
passa a trabalhar com elementos básicos: linhas, planos, núcleos, formas
orgânicas, materiais; que criam analogias formais com imagens pré-existentes e ampliam seu
caráter construtivo.
Em Seu Processo metódico e Objetivo, Claudio Tozzi
utiliza icones visuais – Parafusos , Escadas, fragmentos de Objetos, Paralelos, Espaços urbanos etc. – e OS desconstrói,
captando SEUS Aspectos Essenciais, Revelando-se, desta forma, artista de Elevado rigor
formal, obra cuja transita por vertentes construtivas e conceituais.
Nasceu em São Paulo, onde vive. Estuda no Colégio de Aplicação da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (1956 a 1962) e na
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1964 a 1969), onde
trabalha como professor.
Participou de várias coletivas: Jovem Arte Contemporânea no Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo; Panorama da Arte Brasileira no Museu de
Arte Moderna de São Paulo; Brasil 500 anos – Arte Contemporânea; O artista brasileiro e a
iconografia de massa-ESDI / Rio; Culttural de Belém; Tradição e Ruptura; Nave dos
Insensatos-MACUSP; Arte e Memória: anos rebeldes-MUFRGS / Porto Alegre; Marginália 70:
O Experimentalismo no Super 8 Brasileiro; Trinta anos de 68 e Brasil Brasileiro no CCBC;
Entreatos 1964/68-MACUSP; Arte Agora-MAM / Rio; O Preço da Sedução, Arte e Sociedade e
Subversão dos Meios no Centro Cultural Itaú; O mundo se torna pop na Tate Modern
(Londres); Pop Internacional no Walker Art Center, Museu de Arte de Dallas e Museu de Arte da Filadélfia
e nas Bienais de São Paulo, Veneza, Paris, Medelin (Colômbia), Havana e
Makurazaki (Japão) e do Mercosul.
Realizou individualidades no Museu da Casa Brasileira em São Paulo, Museu de Arte
Moderna no Rio de Janeiro, Museu Andrade Muricy em Curitiba, Museu de Arte Moderna de
Cascavel, Museu de Arte Moderna de Londrina, Territórios na Universidade de Campinas-
UNICAMP, Emblemas da cultura brasileira: Retrospectiva da obra gráfica de Claudio Tozzi
na Caixa Cultural São Paulo e em diversas galerias no Brasil e no Exterior:
Projetos do Museu D’Arte Contemporânea Villa Croce e Cecilia Brunson. Fez exposição-tese de doutorado no
Museu Brasileiro de Escultura pela FAUUSP.
Recebeu vários destaque dos quais Prêmio de viagem ao Exterior, no Salão Nacional;
Press Prize Awards 2016 – Artes Plásticas Miami, Fort Landerdale; Prêmio Trajetória 2016,
Associação Brasileira de Críticos de Arte. Venceu o concurso para realizar um painel de
600m2 em um edifício na Av. Angélica, e painel para a capela no Campus da FIEO.
Realizou painéis em espaços públicos, como Zebra na Praça da República, nas estações Sé
e Barra Funda do Metrô, no Edifício 2222 na Avenida Dr. Arnaldo, no TRT Barra Funda, na
Faculdade de Direito da USP-Ribeirão Preto, no campus USP- Zona Leste, no Centro de
Convenções da USP, na sede do PNUD (UNESCO) em Brasília e em uma grande área das
Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes, todas na cidade de São Paulo.
Trajetória
Desde seus primeiros trabalhos e experiências visuais com a “nova figuração”
(pop art) na década de 60, Claudio Tozzi teve sua obra reconhecida tanto no
meio cultural, quanto junto ao grande público.
Trabalhou com imagens e ocorrências do mundo urbano e utilizou em sua pintura ícones imediatamente
reconhecíveis (Guevara, multidões, astronautas, bandido da luz
vermelha, etc).
Esse período caracterizou-se por uma grande repressão à cultura e às artes plásticas.
Realizou sua obra através da apropriação de
imagens, registrando ocorrências cotidianas e de oposição ao regime. Alterou
seus significados e transformou-as em mensagens de crítica e protesto ao
momento histórico que vivíamos.
“Em meu trabalho havia a intenção de se aproximar da linguagem dos meios
de comunicação de massa e se apropriar de imagens do mundo urbano,
sempre com a intenção de modificar seu significado, de propor uma sintaxe
diferente para criar uma nova mensagem: criar novos objetos.”1
“A opressão política era onipresente; parte rotineira da vida. E a arte pop
transformou magnificamente, no caso de Claudio Tozzi, o discurso artístico
ao revelar as contradições políticas da sociedade no calor da cultura pós-
guerra.” 2
Existia em sua pintura a intenção de associar o conceito de apropriação da
imagem (Duchamp), a uma estrutura construtiva revelada pela organização
racional dos elementos de suas pinturas.
As obras tinham como característica uma linguagem de ruptura, que as
aproximavam dos meios de comunicação de massa. Transcendiam o ambiente
das artes plásticas e eram expostas em lugares alternativos proporcionando
uma ampla interação entre a obra e o público, sensibilizando-o para as
questões da época.
“Tozzi esperava, assim, invocar uma situação política e social presente na
memória muito recente do público. As imagens não eram tão diretas que
poderiam ser consideradas pôsteres políticos, m
as ao mesmo tempo suas
alusões a cenas de protestos políticos se mantiveram firmes.” 3
“Claudio Tozzi usa a estética da Pop Art para reproduzir friamente imagens
tiradas dos meios de comunicação, representando tanto os tempos difíceis
que existiam como as contradições que caracterizaram a sociedade do seu
tempo.” 4
“Tozzi não é intuitivo, ao contrário, é reflexivo e metódico. As imagens são
construídas com forte influência gráfica, desde seus primeiros trabalhos.” 5
A partir da década de 70, seu trabalho apresenta um tratamento cromático
mais elaborado e adquire uma conotação simbólica, com a utilização de
signos, que traduziam o momento de opressão cultural que vivíamos na
época. Começa então a trabalhar elementos metafóricos e mais sutis. O
parafuso é o primeiro deles, e até hoje aparece como signo visual em seu
trabalho.
“Nessa série, torna-se claro que as diversas abordagens do parafuso
correspondem a um processo de reflexão sobre as possibilidades gráficas e
metafóricas de um mesmo tema.” 6
Sua constante intenção em fazer uma arte com participação ampla do
espectador, o levou a propor, em 1972, um painel de grandes dimensões para
a lateral de um prédio na Praça da República em São Paulo.
“Sempre propus realizar trabalhos que fossem inseridos no espaço da cidade,
atitude resultante de estudos e reflexões de minha formação em arquitetura e
design urbano.” 7
Nesta década, experimenta novas linguagens e expande seu trabalho para
outros campos ao utilizar uma diversificação de suportes e meios : super-8,
xerox, polaroid, etc. Pesquisa novos pigmentos e materiais que aproximam
sua obra de uma vertente
da arte conceitual. Executou objetos que associavam a um conceito, materiais
aglomerados e protegidos por uma caixa de acrílico. Areia, terra, grama e fibra
de algodão com pigmentos, eram os materiais utilizados. Na Bienal de Veneza,
onde expôs estes objetos, criou uma arte ambiental, ao revestir o piso de sua
sala com pequenas pedras brancas.
“Sua preocupação com a cidade e o homem, estende-se agora ao habitat.” 8
A série cor-pigmento-luz iniciada em 74, apresenta o conceito cor através da
superposição de pigmentos que resultam numa estrutura reticular de
pequenos grãos de tinta, em camadas de sutis mudanças de cor, que se
somam na superfície da tela, semelhante à solução gráfica que encontramos
nos out-doors e nas impressões em off-set. Uma característica técnica
específica, que acompanha sua linguagem até os trabalhos recentes.
“Esta retícula é tramada como um tecido… Esses pequenos sinais de tinta têm
desenhos variados, umas vezes pequenos círculos, outras figuras irregulares
e riscos. A densidade da tinta também difere. É densa e cobre outras cores em
alguns lugares sendo que, em outros, é liquefeita, fundindo-se com as
imersas.” 9
Na segunda metade da década de 70 e início dos anos 80 retoma a linguagem
da pop-art, construindo os trabalhos a partir do ato de incorporar à imagem,
retículas e quadricromias utilizadas nos processos gráficos de impressão.
Apropria-se de algumas imagens de fácil identificação popular: papagálias,
ambientes tropicais, flores, colchas de retalhos.Com estes trabalhos Claudio
Tozzi ganha o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte
Moderna.
“Na série Papagálias as imagens pouco variam, se aproximando do conceito
de arte multiplicada; semelhante ao que Andy Warhol fez com a imagem da
Marylin e da sopa Campbell´s.” 10
“Seus símbolos tropicais são territórios construídos por meio de uma
concepção geométrica, portanto abstrata, e de um racionalismo cromático.” 11
Os territórios urbanos, a arquitetura, as cidades e suas múltiplas leituras,
sempre foram predominantes no conjunto de sua obra. O macro espaço é
apresentado nos trabalhos das séries Urbe e Trama Reticular Urbana, onde
pesquisa a cidade e sua complexa estrutura, revelada através da superposição
de linhas e superfícies cromáticas, que determinam uma estrutura de intenção
e caráter construtivos.
“A geometria aqui, não é a do espaço, pois Claudio Tozzi trabalha
preferencialmente com o tempo. Ou antes, na tensão entre o espaço e o
tempo. Reflete sobre o tempo partindo das cidades.” 12
A partir dessa experiência, Claudio Tozzi realiza as séries Passagens e mais
recentemente, Arquiteturas Imaginárias e Territórios, onde à intenção
construtiva somam-se aspectos novos: a matéria, a textura, o recorte, a
volumetria.
“O tema é apenas o andaime que serve para sua construção pictórica. Claudio
Tozzi trabalha com maior intensidade e, sobretudo, com maior autonomia, os
problemas da pintura.” 13
“Toda passagem é um “entre” um lugar e outro, um tempo e outro, um estado
e outro, uma situação e outra, entre o aqui e o ali. A passagem é um meio. Mas
sendo um meio é um lugar – um espaço.” 14
As escadas, os espaços arquitetônicos, foram abordados pelo artista de
maneira objetiva, como elementos para analogias formais, que traduzem os
degraus como uma sucessão de planos que se sobrepõem, se constroem e se
desconstroem na superfície do quadro.
“É uma pintura que faz parecer real aquilo que ela entrega ao primeiro olhar. E
este olhar cria na imaginação do observador a ilusão de que o tema é objetivo,
quando é apenas o meio ou a ferramenta para mostrar as intervenções, que
são muitas e possíveis na forma.” 15
No processo de desenvolvimento de sua obra, Claudio Tozzi intensifica sua
preocupação formal e passa a trabalhar com elementos estruturais básicos:
linha, planos, cores, formas orgânicas, matérias, etc.
Articula, acopla, superpõe, desconstrói as formas contidas no quadro e
propõe em seu trabalho uma nova situação espacial. Busca pesquisar
soluções inerentes à própria pintura – ao ato de pintar. O acoplamento dos
elementos visuais, a seqüência das formas, muitas vezes determina o território
final do quadro, que pode ser plano, ou um objeto recortado no espaço.
“Há um desencadeamento de formas em alguns quadros sem o salvo conduto
dos temas, um balé de elementos eminentemente gráficos, espirais, poliedros
cujas direções são contraditas, qualquer pista que dê à profundidade a
perspectiva é desmentida por uma outra que desemboca ao lado do
espectador.“ 16
“Hoje seu trabalho possui raízes mais profundas na tradição da pintura
abstrata. E, isso se deu à dinâmica mais rigorosa das telas, às superfícies
densamente amarradas, à ênfase ao contorno da pintura e à imagem do
quadro / objeto, ao jogo de relações formais (construtivas) na superfície e ao
cromatismo emotivo.” 17
Claudio Tozzi sempre se propôs a realizar obras públicas, ter a atitude de
interferir no espaço da cidade, inserir objetos e signos que se integrem ao
desenho do espaço urbano. Fez importantes painéis em prédios públicos, em
estações do metrô paulista e um grande painel em um edifício na Av. Angélica.
Seu mais amplo trabalho de interferência no espaço urbano (site-specific) é o
que realizou nas avenidas 23 de Maio e Bandeirantes em São Paulo. Trata-se
de interferir numa determinada área da cidade, de caracterizá-la por elementos
visuais específicos que definem sua identidade. Uma série de painéis, com
variações de tratamento cromático que se estende ao contorno urbano e a
todo o conjunto.
Seus trabalhos mais recentes simulam uma identificação com o espaço
construído ou `a construir. Refletem, através de cortes e elevações, a síntese
deformas que se superpõem em superfícies cromáticas e remetem ao ato de
projetar. As superposições simulam e sugerem uma nova situação espacial
que, transcende e dá continuidade ao quadro. Alguns trabalhos, são o
simulacro do próprio espaço.
Sua forma é constituída de transbordamentos que invadem e transgridem os
limites da tela. Criam uma nova locação (location) no espaço que os contém.
Criam um novo lugar. Remete, quem os contempla, a criar, uma relação de
novas formas e locações espaciais que estabelecem um vínculo entre a obra e
o espectador.
Claudio Tozzi é um artista que está sempre em processo de reelaboração de
sua linguagem, procurando superar continuamente suas próprias conquistas.
Seus trabalhos mais recentes revelam mudanças significativas no tratamento
compositivo e espacial de sua obra.
Referencias citadas no texto
1. TOZZI, Claudio. In MAGALHÃES, Fábio. Claudio Tozzi / Fábio Magalhães. São Paulo: Lazuli Editora. Companhia
Editora Nacional, 2007, página 21.
2. BRUNSON, Cecilia. Sobre Claudio Tozzi e Revisionismos Históricos. In Catálogo da Exposição Claudio Tozzi:
New Figuration and The Rise of Pop Art 1967 – 1971. Publicado por Cecilia Brunson Projects & Almeida e Dale Art
Gallery, Londres, 2016, página 06.
3. WHITELEGG, Isobel. De Guevara (1967) a Multidão (1968). In Catálogo da Exposição Claudio Tozzi: New
Figuration and The Rise of Pop Art 1967 – 1971. Publicado por Cecilia Brunson Projects & Almeida e Dale Art
Gallery, Londres, 2016, página 14.
4.NEVES, Manuel. Catálogo da Exposição Los 60 y El Pop: Política y Sensualidad. Galeria SUR. Punta Del Este,
2011, página12.
5. MAGALHÃES, Fábio. Obra em construção: 25 Anos de Trabalho de Claudio Tozzi. Rio de Janeiro: Editora Revan
Ltda, 1989, página 19.
6. MAGALHÃES, Fábio. Obra em construção: 25 Anos de Trabalho de Claudio Tozzi. Rio de Janeiro: Editora Revan
Ltda, 1989, página 40.
7. TOZZI, Claudio. In Catálogo da Exposição Canteiro de Obras. SESC, 2006, página 22.
8. ARAÚJO, Olívio Tavares de. Catálogo Bienal de Veneza, 1976, página 76.
9. MUNARI, Luis. Invenção e Mechanica. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, página 48.
10. TOZZI, Claudio. In Catálogo da Exposição Canteiro de Obras. SESC, 2006, página 20.
11. MAGALHÃES, Fábio. Uma nova plasticidade. In IKIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi.
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, página 82.
12. MATOS, Olgária. Geometrias do Tempo. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, página 103.
13. MAGALHÃES, Fábio. Obra em construção: 25 Anos de Trabalho de Claudio Tozzi. Editora Revan Ltda. Rio de
Janeiro, 1989, página 63.
14. KNOLL, Victor. Passagens em Doze Observações. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio
Tozzi. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, página 121.
15. MUNARI, Luis. Invenção e Mechanica. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, página 48.
16. AGUILAR, Nelson. Como Kasparov jogando xadrez. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio
Tozzi. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, página 87.
17. LEIRNER, Sheila. Fragmento crítico 4. In KLINTOWITZ, Jacob. Claudio Tozzi: O Universo Construído da
Imagem. São Paulo: Valoart S.A., 1989, página 94.
Os textos acima citados estão especificados na bibliografia básica e encontram-se para consulta na biblioteca da
FAUUSP.
Bibliografia Básica
D’Ambrosio, Oscar. Contando a Arte de Claudio Tozzi. São Paulo: Editora Noovha América.
2005.
KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e
Imprensa Oficial, 2005.
KLINTOWITZ, Jacob. Claudio Tozzi: Estruturas do Real. São Paulo: Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, 2012.
KLINTOWITZ, Jacob. Claudio Tozzi: O Universo Construído da Imagem. São Paulo: Editora Valoart, 1989.
MACHADO, Regina. Claudio Tozzi. Mestre das Artes no Brasil. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
MAGALHÃES, Fábio. Obra em Construção : 25 anos de trabalho de Claudio Tozzi. Rio de Janeiro: Editora Revan,
1989.
MAGALHÃES, Fábio. Catálogo da Exposição Canteiro de Obras. SESC, 2006.
MAGALHÃES, Fábio. Claudio Tozzi / Fábio Magalhães. São Paulo: Lazuli Editora. Companhia Editora Nacional,
2007.
NEVES, Manuel. Catálogo da Exposição Los 60 y El Pop: Política y Sensualidad. Galeria SUR. Punta Del Este,
2011.
Catálogo da Exposição Claudio Tozzi: New Figuration and The Rise of Pop Art 1967 – 1971. Publicado por Cecilia
Brunson Projects & Almeida e Dale Art Gallery, London, 2016.
Filme
Claudio Tozzi. Direção Fernando Coni Campos. 35 mm. 10 minutos. 1981.
Vídeos
Claudio Tozzi. Olívio Tavares de Araújo. 23 minutos. 1984.
Claudio Tozzi. Depoimento. Suzana Amaral. TV Cultura. 1990.
Claudio Tozzi. Encontro com o artista. Centro Cultural Itaú. 16 minutos. 1993.
Claudio Tozzi. Vídeo FAU. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo USP. 7 minutos. 1993.
Claudio Tozzi. Obra em Evolução. TV Senac SP. 22 minutos. 2000.
Claudio Tozzi. Claudio Tozzi e os anos 60. Espaço Húmus. 7:29 minutos. 2013.
Claudio Tozzi. Coleção Galeria Biolab. 16 minutos. 2015.
He initiated his trajectory as an artist in the early 60’s, with the appropriation of objects,
images taken from newspapers, comics and photos associated with social issues through
symbolic connotations. In the 70’s he created a new syntax through the construction of a
thread of reticules and chromatic granulations that led to structures and spaces full of intense
symbolic meanings. It is a rational and mental process rather than an emotional and
expressive one, in which the essence is the concept, the structure and the construction of the
space of the painting.
From the 80’s until his more recent works, he intensified his formal concerns and started to
work with basic structural elements: lines, planes, colors and organic forms, materials that
create formal analogies with pre-existing images and enlarge their constructive
characteristics.
In his methodic and objective processes Claudio Tozzi uses visual icons – screws, stairs,
fragments of objects, tropical symbols, urban spaces, etc – and deconstructs them using only
their essential aspects. He is an artist of strict formal rigor whose work includes constructive
and conceptual approaches.
Born in São Paulo city where he lives and works. He studied in the Colégio de Aplicação da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (1956 /
1962) and in the Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1964
/ 1969), where he works as a professor.
He participated in several group exhibitions, among which: Jovem Arte Contemporânea at the
Universidade de São Paulo Contemporary Art Museum; Brazil 500 years – Contemporary Art;
Brasilian artists and mass iconography-ESDI/Rio; Culture in Belém; Tradition and Rupture;
Ship of senseless people-MACUSP; Art and Memory: the years of rebellion-MUFRGS/Porto
Alegre; Marginalia 70 (Marginals of the 70´s): the Super 8 (short films) in Brazilian
Experimentalism; Thirty years after 68 and Brazilians at CCBC; Between scenes: 1964/68-
MACUSP; Art Today-MAM/Rio; The Price of Seduction, Art & Society and Subversion of
Media at the Itaú Cultural Center and the São Paulo; The World Goes Pop at theTate Modern
(Londres); International Pop at the Walker Art Center, Dallas Museum of Art and Philadelphia
Museum of Art; São Paulo, Venice, Paris, Medelín (Colombia ), Havana, Makurazaki (Japan)
and Mercosul Biennials.
He showed his works in solo exhibitions at the Casa Brasileira Museum in São Paulo,
Museum of Modern Art in Rio de Janeiro, Museum Andrade Muricy in Curitiba, Museum of
Modern Art in Cascavel, Museum of Modern Art in Londrina, Territories at the University of
Campinas-UNICAMP, Emblems of Brazilian culture: Retrospective of the graphic work of
Claudio Tozzi at the Caixa Cultural São Paulo and in several art galleries both in Brazil and
abroad: Museo D’Arte Contemporanea Villa Croce and Cecilia Brunson Projects. He obtained
his PHD with an exhibition-thesis that took place at the Brazilian Sculpture Museum. The
PHD title was obtained from the Architecture and Urbanism College (São Paulo University).
The artist was awarded many prizes abroad, among which a trip abroad from the Salão
Nacional, Press Prize Awards 2016 – Plastic Arts Miami Fort Landerdale, Prize Trajectory
2016 by the Brazilian Association of Art Critics. His drawing for a 600 m2 sized panel was
chosen in a contest for a building in Av. Angélica, in São Paulo and a chapel in the campus of
the FIEO.
He has drawn panels for public spaces, as the Zebra in the Praça da República, in the Praça
da Sé and Barra Funda subway stations, building 2222 at the Av. Doutor Arnaldo, for the
Labor Courts in the Barra Funda neighborhood, in the Faculty of Law of USP-Ribeirão Preto,
USP campus-East Zone, in the Convention Centre-USP, in PNUD(UNESCO) in Brasilia and
in a huge area in the Avenues 23 de Maio and Bandeirantes. All these works were made in
the city of São Paulo.
Trajectory
Since his first artworks and visual experiences with the “new figuration” (pop
art) in the 60’s Claudio Tozzi started to be recognized both in in the cultural
environment and the public in general. He used images and events of the
urban world and his paintings showed icons which were easily recognized (as,
for example, Guevara, large crowds, astronauts, the red light thug, etc.).
During this period Brazil was going through which resulted in a severe
repression on culture and especially on visual arts. His technique was based
on the appropriation of images, registering daily occurrences, always from the
point of view of criticizing the military dictatorship. He changed their meaning
and transformed the images making of them criticisms and protests to the
moment the country was going through.
“I worked with the objective of using the language of the mass media
employing it appropriating images of the urban word, always intending to
modify their meaning, thus proposing a different syntax so as to create new
messages, new objects.” 1
“Political oppression was omnipresent; a part of day- to-day living. And Pop
art, magnificently, in the case of Claudio Tozzi, transformed the artistic
discourse by revealing the political contradictions of his society at the heat of
post-war culture.” 2
His artworks aimed to associate Duchamp’s concept of image appropriation to
a constructive structure revealed by a rational organization of the elements of
his paintings. The main characteristic of Tozzi’s paintings is a language which
intended to provoke a break approaching them to the mass media. The works
transcended the environment of the visual arts and were shown in unexpected
places (not in museums and art galleries) thus allowing a more intense
interaction between the works and the audience. Therefore, they drew the
attention to the issues of the time.
“Tozzi thus hoped to invoke a political and social situation that was present
within very recent public memory. The images were not so direct as to be
mistaken for political posters, but at the same time their allusion to scenes of
political protest remained firm.” 3
“Claudio Tozzi uses the Pop Art aesthetics reproducing coldly images taken
from the media which represented both the convulsed moment as well as the
contradictions that characterized the society at that time.” 4
“Tozzi is not intuitive. On the contrary, he is reflective and methodic. From his
first works, his images were constructed based on a strong graphic influence.”
5
From the 70’s, a more elaborated chromatic treatment has been added to his
works, which acquired a symbolic connotation that translated the years of
cultural oppression existing at the time.
He also began to use metaphoric and more subtle elements. The screw was his
first metaphor and until today it is a visual sign present in his works.
“In this series, it becomes clear that the different approaches to the screw
correspond to a process of reflection on the graphic and metaphorical
possibilities of one single theme.” 6
In 1972 his constant intention in creating art that required an intense
participation of the spectator led him to propose a panel of huge dimensions to
be used in the lateral of a building in Praça da Republica, in downtown São
Paulo.
“I had always wanted to do works that could be inserted in the urban space, an
intention that resulted from my studies and my degree as an architect and
urban designer.” 7
In this decade he has been making experiences with new languages and has
encompassed other areas of knowledge using a diversification of supports and
media: super 8, xerox, polaroyd, etc. He has been researching new pigments
and materials, a step that associates him to the language of conceptual art. He
has created objects that are associated to concepts, agglomerated materials
protected by an acrylic box. Sand, soil, grass, and cotton fiber mixed with
pigments were among the materials the artist used. In the Venice Biennial,
where he exhibited these objects, he created an environmental art when he
lined the floor of his exhibiting room with little white stones.
“His concern with the city and people now encompasses the habitat.” 8
Started in 74, the series “color-pigment-light” proposes a concept of colors
through the overlapping of pigments that lead to a reticular structure made up
of little grains of color in layers of subtle color changes which juxtapose on the
surface of the canvas like the graphic solutions we can find in out-doors and
off-set printings. A specific technical characteristic that Tozzi has always used
and can still be found in his most recent works.
“This reticule is knitted like a fabric… These small signs of paint have different
drawings, sometimes small circles; other times irregular figures and lines. The
density of the paint also changes. Sometimes it is thick and covers other
colors, in other places it is liquefied and melt with the in depth ones.” 9
In the second half of the seventies and in the early 80’s he resumes the pop-art
language constructing work that start with the act of incorporating reticules
and four by four scale of colors used in the graphical printing processes. He
appropriates himself of some images that are easily identified by the public:
“Papagalias”, tropical environments, flowers, bedspreads painted in
patchwork. With these works Claudio Tozzi was awarded a prize that included
a trip abroad at the Salão Nacional de Arte Moderna.
“These are series in which the images vary very little, therefore getting close to
the concept of multiplied art, as Andy Warhol’s series of images of Marilyn
Monroe and the Campbell soup.” 10
“His tropical symbols are constructed territories based on a geometry concept,
therefore abstract, with a chromatic rationality.” 11
The urban territories, architecture, cities and his visual interpretations have
always prevailed in his work. The macro space is present in the series “Urbe”
and “Urban Reticular Weft” in which he researches the city in which he lives
and its complex structure revealed through the overlapping of chromatic lines
and surfaces which stress an intention and a constructive awareness.
“Geometry, in my work, is not the one found in space, as Claudio Tozzi prefers
to refer to time. Before, in the tension between space and time. He thinks about
time always based on cities.” 12
After this experience, Claudio Tozzi started the “Passages” series and, more
recently, “Imaginary Architecture and Territories”, where to the constructive
aspect new concerns were added: material, texture, cutting out, volumes.
“The theme is only the scaffolding which the artist uses in his pictorial
construction. Claudio Tozzi faces the question of painting with more intensity
and, above all, more autonomy.” 13
“All passages are “passages” from one place to another, from one time to
another, one situation to another, between here and there. The passage is a
means. However, being a means it is also a place – a space.” 14
The stairs, the architectonic spaces were approached by the artist in an
objective way, as elements for formal analogies which translate each step as a
succession of planes which overlap, construct and deconstruct each other on
the surface of the paintings.
“His painting transforms what is perceived at first sight as something real. And
this gaze creates in the imagination of the spectator the illusion that the
subject is objective whereas it is only a means to show the interventions,
which are many and possible regarding form.” 15
In the process of developing his work, Claudio Tozzi intensified his formal
concerns and started to work with basic structural elements: lines, planes,
colors, organic forms, materials, etc.
He articulates, couples, overlaps, deconstructs the forms within the painting
and proposes a new spatial situation. He researches inherent solutions for the
act of painting, for painting in general. Many times the connection of visual
elements, the sequence of forms determines the final territory of a painting
that can be either plane or an object cut from space.
“In some of his paintings the unfolding of forms, – without the safe-conduct of
the themes – are an eminently graphic ballet of the elements: Spirals,
polyhedrons, whose directions are contradicted. Any clue that perspective
may give to depth is denied by another which issues besides the spectator.” 16
“In the tradition of abstract painting his actual work has more in depth roots.
This resulted from the increased rigor he adopted in the paintings, from the
more densely connected surfaces, the emphasis on the outlines of the
paintings and from the image in the paintings/objects, the dialogue of the
formal (constructive) relationships on the surface and from the emotion that
emerges from the scale of colors.” 17
Claudio Tozzi has always wished to make public works, has wanted to interfere
in the urban space, to insert objects and signs for them to participate in the
drawing of the urban space. He designed important panels for public buildings,
São Paulo subway stations and a huge panel for a building located in Av.
Angélica.
In his deeper site-specific interference work in the urban space is the one he
carried out in the avenues 23 de Maio and Av. Bandeirantes in São Paulo. The
issue is to interfere in a specific area of the city, to characterize it by specific
visual elements that define their identity. A series of panels that display
variations in the scale of colors that extends to the urban contour and to the
ensemble.
His most recent works have an identity with the constructed space. Sometimes
they refer to space still that are yet to be built. They reflect, through sections
and elevations, the synthesis of forms that overlap on chromatic surfaces that
refer to the act of drawing. The overlaps simulate and suggest a new spatial
proposal that transcends and propitiates new contents to the paintings.
Some of the artworks are a simulacrum of space itself. Their shape is
constituted by overflows which invade and trespass the borders of the canvas.
They create new locations in the space that contains them. They give birth to a
new place.
The spectators are invited to create new forms and spatial urban areas that
create a link between the artwork and the public.
Claudio Tozzi is an artist who is always renewing his language in a search to
continuously overcome his own achievements. His more recent works reveal
significant changes in the compositional and spatial aspects of his art.
References cited in the text
1. TOZZI, Claudio. In MAGALHÃES, Fábio. Claudio Tozzi / Fábio Magalhães. São Paulo: Lazuli Editora. Companhia
Editora Nacional, 2007, page 21.
2. BRUNSON, Cecilia. About Claudio Tozzi and historical revisionismo. In Catalogue of the exhibition Claudio Tozzi:
New Figuration and The Rise of Pop Art 1967 – 1971. Published by Cecilia Brunson Projects & Almeida e Dale Art
Gallery, Londres, 2016, page 06.
3. WHITELEGG, Isobel. From Guevara (1967) to Multidão (1968). In Catalogue of the exhibition Claudio Tozzi: New
Figuration and The Rise of Pop Art 1967 – 1971. Published by Cecilia Brunson Projects & Almeida e Dale Art
Gallery, Londres, 2016, page 14.
4.NEVES, Manuel. Catalogue of the exhibition Los 60 y El Pop: Política y Sensualidad at the SUR Gallery. Punta Del
Este, 2011, page12.
5. MAGALHÃES, Fábio. Construction work: 25 years Claudio Tozzi’s work. Rio de Janeiro: Editora Revan Ltda,
1989, page 19.
6. MAGALHÃES, Fábio. Construction work: 25 years Claudio Tozzi’s work. Rio de Janeiro: Editora Revan Ltda,
1989, page 40.
7. TOZZI, Claudio. In MAGALHÃES, Fábio. Catalogue of the exhibition Construction Site. SESC, 2006, page 22.
8. ARAÚJO, Olívio Tavares de. Catálogo Bienal de Veneza, 1976, page 76.
9. MUNARI, Luis. Invention and Mechanics. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, page 48.
10. TOZZI, Claudio. In MAGALHÃES, Fábio. Catalogue of the exhibition Construction site. SESC, 2006, page 20.
11. MAGALHÃES, Fábio. A new plasticity. In IKIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, page 82.
12. MATOS, Olgária. Geometries of Time. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, page 103.
13. MAGALHÃES, Fábio. Construction work: 25 years Claudio Tozzi’s work. Rio de Janeiro: Editora Revan Ltda,
1989, page 63.
14. KNOLL, Victor. Passagens em Doze Observações. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio
Tozzi. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, page 121.
15. MUNARI, Luis. Invention and Mechanics. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, page 48.
16. AGUILAR, Nelson. As Kasparov playing chess. In KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi.
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e Imprensa Oficial, 2005, page 87.
17. LEIRNER, Sheila. A critical fragment 4. In KLINTOWITZ, Jacob. Claudio Tozzi: Constructed Universe of Images.
São Paulo: Valoart S.A., 1989, page 94.
The texts quoted above can be found at the library of FAUUSP.
Basic Bibliography
D’Ambrosio, Oscar. Counting the art of Claudio Tozzi. São Paulo: Editora Noovha América, 2005.
KIYOMURA, Leila e Giovannetti, Bruno (org.). Claudio Tozzi. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo e
Imprensa Oficial, 2005.
KLINTOWITZ, Jacob. Claudio Tozzi: Real Structures. São Paulo: Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, 2012.
KLINTOWITZ, Jacob. Claudio Tozzi: Constructed Universe of Images. São Paulo: Editora Valoart, 1989.
MACHADO, Regina. Claudio Tozzi. Master of Arts in Brazil. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
MAGALHÃES, Fábio. Construction work: 25 years Claudio Tozzi’s work. Rio de Janeiro: Editora Revan, 1989.
MAGALHÃES, Fábio. Catalogue of the exhibition Construction site. SESC, 2006.
MAGALHÃES, Fábio. Claudio Tozzi / Fábio Magalhães. São Paulo: Lazuli Editora. Companhia Editora Nacional,
2007.
NEVES, Manuel. Catalogue of the exhibition Los 60 y El Pop: Política y Sensualidad at the SUR Gallery. Punta Del
Este, 2011.
Catalogue of the exhibition Claudio Tozzi: New Figuration and The Rise of Pop Art 1967 – 1971. Published by Cecilia
Brunson Projects & Almeida e Dale Art Gallery, London, 2016.
Film
Claudio Tozzi. Direction Fernando Coni Campos. 35 mm. 10 minutos. 1981.
Videos
Claudio Tozzi. Olívio Tavares de Araújo. 23 minutes. 1984.
Claudio Tozzi. Testimony. Suzana Amaral. TV Cultura. 1990.
Claudio Tozzi. Meet the artist. Centro Cultural Itaú. 16 minutes. 1993.
Claudio Tozzi. Video FAU. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo USP. 7 minutes. 1993.
Claudio Tozzi. Work in Evolution. TV Senac SP. 22 minutes. 2000.
Claudio Tozzi. Claudio Tozzi and 60’s. Espaço Húmus. 7:29 minutes. 2013.
Claudio Tozzi. Collection of the Biolab Gallery. 16 minutes. 2015.